quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Dude Cap 14- Comemorar! ~Maratona

Dude Cap 14- Comemorar! ~Maratona






Comentário essencial: HÁ. Viu? Peguei vocês de surpresa! Bom, aqui vai uma maratona de seis (acho) capítulos para vocês! Espero que gostem e comentem para eu saber o que acharam, ok? Bom proveito!

Eu esperava Zayn tranquilamente em uma das mesas da biblioteca. Decidimos estudar hoje, mesmo não sendo um dos dias que a monitoria funcionava. Ele realmente estava se esforçando muito, tirando as horas que ele se distrai com Olivia... Que eram as horas que eu tinha vontade de contar pra ele que ela está apenas brincando seu coração, como ela me disse anteontem.
- Sophi! – ele sentou alegremente do meu lado.
- Nossa, por que tanta felicidade? – perguntei tirando a atenção do dever de casa.
- Por que eeeeeuuu tenho uma novidade!
- Que seria? – perguntei sorrindo, sua felicidade me contagiou.
- Euuu tireeei dezzz na prroooovaa! – ele cantarolou alto, recebendo um “shiiu” de reprovação de Lucy – Eu tirei dez na prova de literatura, aquela que nós estudamos ontem! – ele enfiava a prova na minha cara enquanto ria sozinho – A professora corrigiu na sala! E BUM, dez!
- Shiiu! – rimos.
- Nossa, Zayn! Nem sei o que dizer. Parabéns! – ele sorriu e me deu um abraço de quebrar as costelas – Eu falei que seu problema não era nada que eu não pudesse dar um jeito. – dei uma piscadinha e ele riu, após se sentar novamente.
- Booooom... Temos que comemorar! – eu ri.
- Comemorar? Zayn, foi só um dez!
- Pra você foi só um simples dez... Pra mim foi o inicio de um gênio! – e ri mais uma vez. – Vamos, nessa! – puxou meu braço com força, fazendo com que eu me levantasse.
- Zayn! Nós temos que estudar! – praticamente me arrastou para fora da biblioteca.
- Esqueça isso, mulher! Vamos! – ele me puxou pela escola toda, até, finalmente, sairmos pelo portão enorme da frente.
- Zayn! Onde está me levando?
- Pra comemorar, ué! – disse como se fosse a coisa mais simples do mundo.
- E aonde você vai me levar? – ele parou de me puxar.
- Não sei... Dar uma volta em Londres, quem sabe?
- Zayn, é melhor não! – ele me olhou com uma cara de minhoca morta e pegou meu pulso novamente, dessa vez me puxando até a garagem, onde, geralmente, os alunos deixavam o seus meios de transporte (desde bicicletas, até ferrares vermelhas) para poderem sair no final de semana.
- Qual é, Sophi? Qual a ultima vez que você saiu?
- Hum... Sábado! – ele fechou a cara e eu ri indiscretamente.
- Ta... Mas vamos dar uma volta! A maioria dos alunos saem esse horário... – ele deu uma piscadinha extremamente sexy – Vai... Eu até fiz minha piscadinha sexy! – e então, Zayn me olhou com aquela carinha de gato de botas.
- Ok, vamos nessa! – disse derrotada e ele deu pulinhos de alegria.
Zayn correu para o fundo da garagem, provavelmente para pegar seu carro, e dois minutos depois eu escutei o arranho de um motor (que me fez levar um susto), então, quando me dou conta, ele está parado na minha frente, oferecendo-me um capacete.
- Opa, opa, opa... Moto? – esbugalhei os olhos.
- É... O quê, esperava um Audi novinho em folha? – perguntou brincalhão.
- Não... Eu esperava pelo menos um carro. Nem que fosse uma carroça velha!
- Vamos, não banque a medrosa! – ele jogou o capacete para mim.
- Zayn... É que eu tenho medo, sabe? Muito medo. – dei dois passos para trás – Tipo: muito mesmo. – ele desligou a moto e desceu dela, colocando-a parada com muito cuidado.
- Sophi, - aproximou-se de mim – não precisa ter medo... É só uma moto.
- Pra mim não é só uma moto, Zayn! Pra mim é um automóvel mortal! – tentei devolver o capacete para ele – Sinto muito, mas eu prefiro não ir. – ele recusou o capacete.
- Você fez eu superar meu medo de fazer provas de literatura – deu um sorriso brincalhão e eu ri – E agora, eu vou te ajudar a superar seu medo de motos! – pegou o capacete de minhas mãos e colocou em minha cabeça – Viu? Você fica mó sedução com o capacete! – ele riu e eu virei um tapa no ombro dele. – E além do mais, eu sou um motorista e tanto... Nada irá acontecer com você!
- Se eu morrer, você que vai pagar o enterro!
- Pode deixar! – ele sorriu vitorioso.
Zayn se dirigiu até sua moto, subindo nela rapidamente. Eu dei um pulinho e sentei no banco forrado de couro, passando minha perna esquerda para o outro lado e me ajeitando para que eu não caísse no primeiro quilometro que a moto andasse.
- Tudo bem? – ele perguntou pelo retrovisor e eu assenti, mesmo tremendo feito um chiuaua. – Se segura! – ele levantou o pé da moto e mais uma vez ouvi o ronco do motor.
O medo correu pelo meu corpo quando a moto começou a andar.  Soltei um gritinho e, por impulso, agarrei-me em Zayn, envolvendo totalmente meus braços por sua cintura, coberta pelo agasalho vermelho. Ele pareceu se divertir com isso, pois soltou uma risada, que mesmo com o medo que eu estava sentindo, pude escutar em alto e bom som.
- Idiota. – murmurei e ele riu mais um pouco.
A questão era que meu pavor era tão grande, que um minuto se quer, desgrudei meus braços de Malik, ou abri meus olhos para ver a rua passar numa rapidez sem igual. O vento jogando meus cabelos para trás já era o suficiente naquele momento.
A moto foi parando lentamente até ficar parada de vez e seu barulho, nem tão barulhento assim, se cessou fazendo com que eu soltasse um suspiro de alivio.
- Chegamos! – disse Zayn. – Pode ficar mais calma! – abri meus olhos lentamente e aos poucos, me desgrudei do agasalho vermelho, ficando praticamente da sua cor. Sorte que minha cabeça estava coberta.
 Zayn pulou da moto e tirou seu capacete. Foi uma cena digna de cinema, já que parecia que ele fez aquilo de câmera lenta e seu cabelo, ou topete, estava quase intacto, só tinha abaixado um pouco. Eu, para podermos comparar, quase caí ao sair da moto, e na hora que tirei o capacete (o que foi complocado, por que tenho certeza que minha cabeça é maior que ele) eu poderia ser comparada com um poodle. Um poodle mal cuidado.
- E então? Como se sente? – Zayn continuava se divertindo com minha situação.
- Para de rir de mim! – empurrei seu ombro e ele continuou rindo.
- Ah, fala a verdade, foi tão ruim assim? – fiz uma careta. Na verdade, nem tanto.
- Admito que poderia ter sido pior. – ele fez uma dancinha engraçada – MAS, meu medo continua aqui! – apontei pra mim mesma.
- Tudo bem, um dia eu consigo! – ele sorriu e depois olhou para frente.
Estava tão ocupada com a moto que nem tinha me tocado onde estávamos. Um arco enorme, com uma placa de entrada pendurada, estava bem a nossa frente. Era possível ver várias barraquinhas diante o arco e uma montanha russa bem distante, e após ver um palhaço gigante na entrada, um sorriso involuntário abriu no meu rosto.
- Um parque de diversões? – perguntei animada. Não me julguem, eu sempre amei parques de diversões – Estava desconfiada que você me levaria para algum bar! – ele riu.
- É... Meu pai me trazia aqui em todos os meus aniversários até os 13 anos! Então quando pensei em comemorar... Pensei aqui! – deu de ombros.
- Eu gostei! Eu sempre amei parque de diversão! Era um dos meus consumos quando criança! – ele deu uma risadinha e se posicionou do meu lado.
- Vamos? – perguntou e estendeu o braço para mim.
- Vamos! – entrelaçamos os braços e entramos
Haviam muitas pessoas ali, de todas as idades. Crianças arrastavam seus pais até os brinquedos, desesperados para mais uma volta. Casais jovens faziam fila no túnel do amor, abraçadinhos. Casais de idosos também eram vistos, como se quisessem voltar a sua infância e juventude.
Eu e Zayn despertamos nossas crianças interiores, indo em tudo que é tipo de brinquedo (menos em uma montanha russa, já que além de motos, eu também tenho medo de montanhas russas), barracas e comemos tanto, que parecia que eu podia explodir a qualquer instante.
- AH! ALGODÃO DOCE! – eu atropelei trezentas crianças para poder chegar até a barraquinha. – EU QUERO! – Zayn me olhou estranho e começou a rir.
- Pensei que estivesse satisfeita!
- E estou... Mas abro uma exceção para o algodão doce! – o senhor da barraquinha me entregou o doce com a coloração azul – Nossa! Que cheio! – exclamei, afinal, pagávamos barato, esperava uma merreca.
- É para você e seu namorado divertirem! – disse com um sorriso simpático no rosto.
- Não. Ele... Não é meu namorado. – eu parecia um pimentão, por isso Zayn começou a rir.
- Obrigado! – ele deu a nota de um dólar pro senhor. – Vamos namorada! – lancei um olhar killer pra ele, que riu mais ainda.
O céu já começara a escurecer. O parque estava ficando mais e as luzes começaram a se acender. Eu e Zayn caminhávamos um do lado do outro, compartilhando do mesmo algodão doce.
- Então, Sophi – começou Zayn – de onde tirou tanta paciência? – encarei-o confusa – Qual é menina? Você consegue conviver com três caras, é amiga do Harry e agora está me ensinando literatura. De onde arranja paciência? – eu ri fraco.
- Talvez seja por que eu cresci com dois irmãos!
- Mas você não teve a influencia da sua mãe?
- Ter eu tive... Mas digamos que eu escolhi ser influenciada por meninos! – Zayn soltou uma risada gostosa. – Sempre me dei melhor com meninos! – dei de ombros. – Eu não sei quantas vezes eu fiquei de castigo na pré-escola por fugir das brincadeiras de barbies e sair por aí procurando max-stils! Minha mãe dizia que eu era uma menina muito alterada! – nós dois rimos. – E você?
- Eu? Bem, eu gostava de procurar qualquer coisa que fazia barulho, ou começava a cantar sozinho, fingindo que fazia um show particular para meus colegas! Eles nem prestavam atenção! – ele fez uma careta engraçada.
- Você toca? – tirei mais um pedacinho do algodão doce e levei até minha boca.
- Não, canto! – tudo mundo canta nessa escola? – Você?
- Eu toco violão... Também gosto de cantar... Mas nunca foi meu forte. Música é só um hobbie para mim, diferente do meu irmão, que tem uma banda que leva muito a sério!
- Derek? Ele tem uma banda? – ih droga! Esqueci que eu sou o Derek!
- É... Tem! Uma bandinha de garagem, nada de mais! – sorri forçadamente.
- Legal! – pareceu interessado, enquanto pegava mais um pedaço do doce – Mas então, me diga! Você namora? – juro que eu engasguei – Nossa, você ‘tá bem?
- To, rum, só engasguei! – limpei a garganta – Na verdade, eu não namoro. Acabei de sair de um relacionamento.
- Ah, foi mau... Não quis tocar no assunto de proposito!
- Não, tudo bem! Assim, é passado... E você? – me arrisquei a perguntar. Lógico que já sabia que ele era um solteiro cobiçado, apaixonado pela Olivia – Tem alguém especial na sua vida? – ele abaixou o rosto com um sorriso bobo. – Pelo jeito sim! – to falando, vou ser atriz.
- Tem uma menina... – Zayn encarou meus olhos – Você deve conhecer!
- Olivia! – disse automaticamente.
- Como você sabe?
- Qual é Zayn? Já viu como você olha pra ela? Você fica secando ela por horas se permitirem! – viu? Estou pensando seriamente em começar aulas de teatro.
- A culpa não é minha... Ela é tão linda, doce, maravilhosa! – atiradora, aproveitadora, ridícula.
- Você parece gostar mesmo dela! – disse com sinceridade – Por que não chama ela pra sair? – por mais que ela não aceite, né? Mas, vai saber...
- Toda vez que eu vou falar com ela, praticamente perco a fala. Você não tem noção de como foi ter a Olivia me ensinado matemática! Eu não aprendi nadinha! – eu ri imaginado a cena.
- Por que em vez de babar, você não a chama pra sair? – sugeri de novo.
- Você escuta o que eu falo, Sophia? Se eu não consigo falar, imagina chamar pra sair?
- Zayn, se você gosta mesmo dela tem que tomar uma atitude! Vai acabar o ano... Vai começar outro... Vocês vão para a faculdade e você vai virar um velho gordo e careca que fica o dia inteiro se lamentando por não ter chamado sua paixão para sair. Você vai morrer e sua única companheira será uma latinha de cerveja barata! – ele riu escandalosamente – É sério menino! Ri não! – me segurei para não rir junto.
- Ok, ok! Juro pra você que da próxima vez que encontra-la, vou chama-la para sair! Combinado?
- Combinado! – voltei a olhar para frente e quase engasguei novamente.
- Meu Deus, Sophi! Você tem que aprender a engolir! – deu tapinhas nas minhas costas.
- Zayn, - respirei fundo e me recuperei da crise de tosse – acho que sua chance é agora! –apontei para frente onde Olivia sorria abertamente enquanto conversava com Eleanor... Eleanor, será que ela está bem?
- Ai meu Jesus Maria José!
- Nossa Zayn, quanta religiosidade! – ele me lançou um olhar de “sem brincadeiras, isso é serio”. – Vai lá! Você consegue Zayn!
- Não, eu chamo amanha!
- Você me prometeu que seria da próxima vez que visse ela. – arqueei a sobrancelha e ele abriu a boca várias vezes buscando uma resposta – Vaii lá Zayn! – empurrei seu corpo.
Ele deu algumas cambaleadas e olhou para trás. Fiz um sinal para que ele continuasse e Zayn começou a andar em direção as duas morenas. Ele chegou todo sorridente e começou a puxar papo com as duas, logo depois se dirigindo a Olivia. Dava para ver seu nervosismo de longe.
Ele parecia não se mexer, Olivia o encarou com desdém e seu sorriso foi murchando devagar. Automaticamente senti meu coração amolecer, lembrando do sorriso decepcionado de Els.
- Não, Sophi! Não faça isso! – resmunguei para mim mesma. – Ah droga! Eu não acredito que eu vou fazer isso!
Apertei o passo e fui até os três. Peguei na mão do Malik e sorri para ele, dizendo logo em seguida:
- Zayn, vamos! – disse sorridente – Olivia! – fiz voz de surpresa – Como você está, querida? – ai como sou falsa.
- Sophi? – sua voz também era de surpresa – Vocês estão... Juntos?
- Não – dei de ombros – Bom, ainda não! – imitei aquelas meninas mimadas que conseguem tudo. – Estamos só saindo... Né Zayn? – olhei para ele, este estava sem fala – Né, Zayn? – disse outra vez num tom mais forçado, junto de uma pequena cotovelada no menino.
- É! – ele pareceu voltar a vida – Estamos saído... – nós dois sorrimos.
- Ah... O que você estava me falando, Zayn?
- Er... Eu? Bem... – olhou para mim buscando resposta – Só queria dizer... Oi! Só vim cumprimentar a Els! Oi, Els!
- Oi! – ela riu.
- Bom, vamos indo! – eu disse – Tchau, meninas! – acenei e puxei o Zayn para longe.
Ele só me olhava com uma cara espantada.
- O que raios aconteceu ali? – ele perguntou assim que estávamos a uma boa distancia das duas.
- Zayn... olha...Apenas confie em mim.

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