Dude Cap 1 - CANCELADO
CANCELADO.
Apenas uma simples palavra para estragar uma tarde e mudar minha vida.
Era um dia quente. Perfeito para uma partida de futebol. Eu e as meninas caminhávamos para mais um treino dessa semana. Nathasha andava do meu lado enquanto tagarelava alegremente sobre seus sapatos e roupas novas que tinha comprado ontem no shopping.
- O que está acontecendo? – Maggie me despertou e eu parei de encarar meus pés, finalmente tendo a visão do nosso campo.
- Por que o time Lacross está aqui? – perguntei assim que vi aquelas garotas correndo atrás de uma mini bolinha – Esse é o nosso campo... Não é?
- MENINAS! – Inara veio correndo até nós – A escola cancelou nossos treinos! –ela estava com uma prancheta em mãos, onde pude ler um “CANCELADO” enorme no time feminino – Foram poucas meninas escritas esse ano.
- O quê? Você só pode estar brincando! – reclamei. Não é possível – Tudo bem, isso não vai ficar assim!
- Vamos falar com o treinador, às vezes ele pode nos ajudar! – sugeriu Amy.
Fomos todas para o outro campo, onde o time masculino treinava. Avistei Phill de longe. Fomos até ele, nos posicionando ao seu redor. Ele não desviou o olhar.
- Olá meninas! Soube da má notícia! – disse com seus típicos braços cruzados sem tirar os olhos do treino dos rapazes.
- Má? Isso é péssimo! – retruquei.
- Agora os olheiros das universidades não vão nos ver – disse Lauren.
- Eu sei. Se eu puder ajudar, é só dizer! – arqueei minha sobrancelha.
- Na verdade, você pode sim. Queremos jogar no time masculino! – ele riu, finalmente desviando o olhar para meu rosto, que por sinal, estava sério.
- Vocês estão de brincadeira.
- Não. Não estamos – eu e minhas companheiras de time ficamos totalmente sérias.
- Ok meninas. Qualquer coisa menos isso.
- Treinador, nos dê uma chance! Você sabe que a gente sabe jogar! – me pus na frente dele. Já estava ficando irritada dele não prestar atenção na nossa conversa.
- Eu não sei bem se sei isso.
- Só estamos pedindo uma chance!
- Por favor! – completou Inara.
- Olha, as aulas começam daqui a duas semanas, a primeira partida é contra o Eliry, um antigo rival! Nós temos que vencer!
- Nós podemos ajudar vocês a vencer, oras!
- Eaí gata! – Jessie se juntou a nós. Ele estava completamente suado, provavelmente por causa do treino. Acenei de leve – O que ta rolando?
- As meninas querem entrar pro time – disse Phill em um tom de deboche. O time masculino, que vieram com Jessie ver o que acontecia, começou a rir.
- Isso é sério? – perguntou Jessie. E mais risadas. Arqueei meu cenho.
- Olha, vocês jogam bem, mas meninas não são tão rápidas ou forte como rapazes – disse o treinador, arrancando mais risadas de seus puxa sacos – Nem tão atléticas.
- O quê? – protestei.
- Não sou eu quem disse, foi a ciência! Moças não superam rapazes, é simples assim!
- Tudo bem – me virei para meu namorado – Jessie, você é o capitão do time... O que acha disso? – ele arregalou os olhos e encarou os colegas.
- Eu acho que o treinador tem razão – Isso mesmo escutem el... O quê? Razão?
- Ta de brincadeira comigo? Ontem mesmo você disse que eu era melhor que metade do seu time! – teve um corinho de “como é?” “o quê?” “você disse isso?”.
- Eu nunca disse isso! – abriu aquele sorriso mané dele.
- Do que ta falando? Por que ta mentindo?
- Sophi! Quer saber, chega dessa conversa! – ele cruzou os braços se achando o gostosão da paróquia. Minha boca estava escancarada.
- Beleza... – pensei duas vezes antes de prosseguir – Então fim de namoro! – e mais corinhos. Dessa vez foi escutado um “wowwww” tanto de menino, quanto de menina – Vamos embora meninas!
- Amor não faz isso! – Jessie segurou meu braço – Só não quero que se machuque.
- Sério? – fiz uma voz fofa e ele concordou – Você é um idiota! – bati com minha bola na sua cabeça e corri para alcançar as meninas.
Saí da escola parecendo uma morta-viva. Estava com uma calça jeans, all star e um moletom quentinho e confortável. Coloquei meus fones de ouvido e meu capuz, e andei até em casa ouvindo Paramore e Fun, o que me tranquilizou muito mais.
Abri aquele portãozinho tão conhecido por mim e antes que eu pudesse continuar meu caminho, meu ombro foi bruscamente puxado para trás. Virei meu corpo me deparando com o ser mais nojento desse planenta.
- Ah, é você! – Monique fez cara de nojo.
- Oi Monique! Como você está querida? – fiz voz de fresca e ela riu forçado.
- Você e seu irmão são iguaizinhos de costas, deve ser por causa da sua pouca bunda – ela sorriu falsamente. Tirei meu capuz e joguei meus cabelos para a frente. Monique sempre teve raiva dos meus cabelos louros naturais, diferentes dos dela – Aff, cadê seu irmão? Ele não atende o telefone!
- Deve estar fugindo de você! – comentei – Agora se me da licença, eu tenho uma cama me aguardando.
- Se você ver o Derek avisa que eu estou procurando ele – voltei o meu caminho até a porta de entrada.
- Pode deixar! – fiz um sinal de positivo de costas para ela e pude escutar o barulho chato do seu sapato ficando cada vez mais longe.
Subi os poucos degraus e receei antes de abrir a porta, a única coisa que me faltava era ouvir minha mãe reclamar das coisas. Respirei fundo e girei a maçaneta.
- Mãe, cheguei! – gritei e ela veio correndo numa rapidez sem igual com um sorriso no rosto. Coisa boa não é.
- Filha!! – ela disse dando pulinhos de alegria.
- Er... Mãe?
- Eu tenho uma surpresa pra você! – bateu palminhas de alegria.
- Olha mãe, se não se importa eu só quero subir pro meu quarto e desancar um pouco! Tive um dia cheio! – falei indo em direção a escada.
- Mas isso vai animar você! – ela tampou meus olhos e me puxou, mudando meu corpo de direção – Ta pronta! Fica de olhos fechados – ela destampou minha cara – Pode abrir!! – abri meus olhos (com um medo e tanto)e vi minha mãe segurando um pano de gente velha.
- A vovó ta aqui? – olhei para os lados procurando minha velhinha favorita. Minha mãe fechou a cara.
- Não filha! São para debutantes! – virei meus olhos.
- Mãe! Quantas vezes vou ter que falar? Eu não quero ser debutante! E além do mais é fora de moda – ela jogou o vestido no sofá e fez cara de gente morta.
- Eu não criei uma filha para ficar o dia inteiro chutando bola suja, ficar a tarde toda andando de skate ou tocando instrumentos ridículos... Eu só queria ter uma filha que goste de ir no shopping comigo as vezes em vez de ir jogar futebol.
Minha mãe não pode me culpar. Eu cresci cercada de dois irmãos e sete primos.
- Aconteceu tudo o que você queria mãe! Acabaram com o time – sorri fraco e voltei para a escada, mas claro que minha mãe me seguiu com aquele troço na mão.
- Ah que pena! – Falsa. Ela colocou o vestido de pé, em frente ao seu corpo – Imagina você usando isso com Jessie ao seu lado! Ah, ele vai adorar ver você com esse vestido.
- Mas isso um motivo pra eu não usar. Eu dei um fora nele – mamão olhou-me aterrorizada – Agora se me da licença, eu preciso subir – virei de costas para ela e finalmente cheguei ao andar de cima. Saltitei pelo corredor até o último quarto.
- Hey, Derek! – me joguei na cama dele.
- Oi Sophi! – pegou trezentas roupas e enfiou em uma sacola em cima da cama.
- A Monique estava te procurando! – ele fez cara de reprovação – Por que ta com ela ainda? Aquela menina é insuportável!
- Hum... Sabe como é, coisa de menino! – fez uma carinha maliciosa e eu ri.
- E graças a Deus eu nasci mulher – ele riu.
Derek fez um nó na sacola e jogou-a pela janela, junto com mais umas duas malas pequenas. Ele amarrou uma corda da capa da sua guitarra e com cuidado pôs ela junto com as outras coisas do lado de fora.
- Sabe Derek... Existe uma porta pra isso – apontei pra porta.
- É, mas mamãe não pode me ver! – fiquei com uma cara de brisa total – Zack! Ta tudo aí? – cochichou com a cabeça fora da janela.
- Ta sim! – esses meninos não sabem cochichar não? – Eu vou subir!! – em um minuto enquanto eu processava as coisa Zack apareceu sorridente no quarto. Ele beijou minha testa e se jogou do meu lado – ainda não compreendi.
- Alguém pode me explicar o que está acontecendo? Por que a mamãe não pode te ver?
- Porque ela pensa que eu vou para a casa do papai, papai acha que eu vou estar aqui e os dois acham que eu vou para a escola daqui dois dias! – olhou para mim – Essa é a vantagem do divorcio!
- Masoque? – encarei Zack que fez um sinal de “espere, deixe ele continuar”.
- Espera, mas pra onde você vai?
- Pra Miami, por um mês... Talvez dois.
- Miami? Nos EUA? Um mês? Por quê? Você está louco? – Zack riu.
- Não, eu não estou louco. Minha banda conseguiu uma vaga para um festival que vai ter lá... E eu não posso perder essa oportunidade!
- Mas e a escola? Derek, você acabou de ser expulso da McGuiney por cabular aula... Como vai fazer com a nova escola? – Derek abriu aquele sorriso de que vai fazer coisa errada.
- É aí que você entra! – Zack apontou pra mim.
- Eu ia pedir se você não podia ligar pra lá, fingir que é a mamãe e dizer que eu estou com uma doença muito rara e... Que dura muito! Tuberculose? – soltei uma risada alta – Você se vira!
- Ok... Né? – me dei por vencida e meu irmão vibrou feito gay.
- Bem, eu vou indo!
- Se cuida, mano! – ele me abraçou e depois fez um toque estranho com Zack.
Derek fugiu pela janela deixando eu e meu outro irmão ali. Agora preciso arranjar um jeito de ligar para a escola dele e avisar que não pode ir por um mês... Essa com certeza não é a coisa mais fácil da história.
- Qual o colégio que ele vai mesmo?
- Eliry! – Eliry? Ele disse Eliry? O Derek vai para a Eliry – Sophi? Sophi? Sophia! Você ta bem? – foi então que eu tive a ideia mais absurda de toda minha vida. Eu não sabia se ia dar certo... Quem não arrisca, não petisca.
- Eliry... Aquela com o grande time de futebol? – puis o meu sorriso travesso nos lábios.
- Oh, Sophi. Eu não gosto desse sorriso!
Heeeeeeeeeey sexyyy ladys!
Como vocês estão hoje?
Eu espero que tenham gostado do primeiro cap?
Eu sei que deve ter ficado meio chato e
confuso, mas todos os primeiros
caps são assim... Pelo menos os meus.
Bom.... Ok.....
Continuo com 4 coments e
lembrando que essa fic vai ter apenas três narrações
ok?
Só isso mesmo meus amores (falei
pouco hoje, né? Tbm acho :@)
Beijossssss lindas
Malikisses & Paynekisses
Lo <3
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